domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ladeira abaixo.


Desmentindo os boatos ufanistas de que a cidade de Itabaiana está em crescimento acelerado, vê-se que, mesmo que se sinta algum crescimento na zona urbana, esta tem sido feita sobre o sacrifício do esvaziamento da produtiva zona rural, e, mesmo assim, o município, como um todo, perdeu o pique desde meados dos 80, inclusive em relação ao crescimento populacional do próprio Estado de Sergipe cujo já é dos mais baixos do país. E o pior, esse crescimento raquítico dá-se, não por redução no número de nascimentos, mas pela continuação da fuga de pessoas para outros Estados com melhores condições de vida. Em Itabaiana, os números mostram que essa fuga é ainda maior.

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Sobre o gráfico acima:

Até 1963 Itabaiana perdeu território para a formação de outros municípios em 1874 (Riachuelo com Malhador); em 1890 (Frei Paulo com Carira); em 1896 (Santa Rosa de Lima, Areia Branca, a parte à margem esquerda do rio Vaza-Barris, no atual município de Itaporanga d'Ajuda e a parte do município de N. S. das Dores à margem direitado rio Sergipe com S. Miguel do Aleixo); em 1912 (Campo do Brito com Macambira, Pedra Mole, Pinhão e São Domingos); em 1933 (Ribeirópolis com N. S. Aparecida; e em 1963, mais um pedaço para o Município de Areia Branca e o Município completo de Moita Bonita.

Isso mostra que a curva de crescimento realmente acaba a partir de 1980.
A população do Município de Itabaiana em sua área original, como em 1775 era de 227.780 habitantes em 2007.
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P.S. Corrigindo os valores citados na última observação: onde lê-se 227.780, entenda-se 235.125 habitantes. O primeiro era o número projetado pelo IBGE para o conjunto de municípios que, ao contrário do Município de Itabaiana, surpreenderam a previsão "pra cima", na Contagem da População do mesmo instituto realizada em 2007.