domingo, 21 de fevereiro de 2010

Serra, João Alves e Luciano.

A princípio, a única coisa que se tinha como certa sobre José Serra, o governador de São Paulo é que ele tem a Presidência da República como uma profecia para si; é seu destino. Além disso, suas manias de perseguições, confrontações desnecessárias, concessões a gente de comportamento duvidoso, (aqui)etc., etc., coisa de politiqueiro pequeno. O jornalista Luis Nassif, em post deste domingo em seu blog (aqui) escancara a realidade serrista: um governante teimoso, auto-suficiente, que apostou todas as fichas numa mega obra – a do Rodoanel – e, em detrimento de coisas inadiáveis em São Paulo está vendo cair por terra o ânimo de sua torcida, até mesmo em casa, com as sucessivas cheias inexplicáveis, salvo pelo fato do desvio de investimentos pro Rodoanel e outras coisas mais.
A via-crucis de Serra me faz lembrar o governador João Alves Filho – o João da água. João foi lançado na política por José Rolemberg Leite - o governador maior bemfeitor de Itabaiana em toda a sua História e a quem mais ingratidão aqui se presta – e, no seu governo teve que enfrentar as pedreiras que é, enfrentar a política rasteira e viciada sergipana, com seus esqueminhas horríveis desde a rebelião dos vaqueiros, em meados do século XVII. Foi um Deus nos acuda. Adaptou-se, sobreviveu, e tornou seus sucessivos governos tão pequenos quanto os que tinha sucedido e com certa dose de rancor. Perdido em meio à teia em que se deixou enredar, apostou tudo numa ponte que, deu um visual diferente, até bonito, à Aracaju, mas que até o momento muita gente se pergunta pra que serviu. Poderia ter sido a coroação de um governo profícuo; ficou como epitáfio de uma péssima experiência.
Ah, ia esquecendo: Luciano vai para sua segunda “mega-Micarana”. Dizem.