quinta-feira, 4 de março de 2010

“Tucanaram” a pelada.

Nos idos dos gloriosos anos tucanos, nem só de plataformas afundadas – e “aposentados vagabundos” - vivia o país. O falar da turma da “university” na política é terrível. Aquilo que recente e apropriadamente o Luis Nassif chamou de “intelectualismo pomposo”; feito pra impressionar otários. Pois bem, o Zé Simão, do tucaníssimo jornal Folha de São Paulo não perdeu tempo: logo arranjou o verbo tucanar pra qualquer arranjo lingüístico como forma de dar pompa a frases que deveriam serem diretas, de fácil entendimento. Tucanar, portanto, passou a ser sinônimo de falar difícil, mas também de complicar o que deveria ser naturalmente fácil ou facilitado.
Na Paraíba, num desses dias em que falta o que de melhor fazer, ilustres representantes do Ministério Público fizeram um “Termo de Ajustamento” com os chefes de torcida de futebol local(mais aqui) para proibir o mais clássico e sagrado linguajar da torcida em campo: se exprimir aos berros xingando a mãe do juiz e o próprio, o bandeirinha, o cartola, o jogador e quem mais passar pela frente, supostamente criando alguma contrariedade. Será que o ilustre doutor acha que dois gatos pingados, dito chefes de torcida, conseguem seguram uma turba enfurecida com um pênalti claro e não marcado?
Que é possível segurar uma multidão em busca do prazer de guerrear sem causar ou sentir dor?
Odorico Paraguaçu “forever”.