segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

TUDO A PREÇO DE AÇÚCAR.

"Veja, meu bem/gasolina vai subir de preço/e eu não quero nunca mais seu endereço".
Vital Farias (e Elba Ramalho), Margarida.


Ilustração extraída do primoroso mapa holandês nassoviano, Praefecturae Paranambucae, Pars Borealis una cum praefecturae de Itamâracâ, in Rerum per Octennia in Brasilia, Amsterdã, 1646.

O ditado tudo a preço de banana já era!
Uma saidinha ao supermercado, hoje à tarde e mais uma vez constatei os escandalosos preços dos gêneros de primeira necessidade.
A gasolina sobe de preço em dólar; mas quando cai 20 por cento, no máximo em real cai na 5 por cento na bomba. E, como sempre serve de parâmetro para outros preços a maquininha vadeia nas gôndolas de supermercados e mercadinhos: se a gasolina sobe 17, arredonda pra 20; se cai em dólar, e obviamente em real, ninguém viu ou ouviu. No máximo põe a culpa na entressafra, a pobre tenha ou não a ver com a ganância.
Hoje também, uma constatação: um quilo de banana prata me custou cinco reais e vinte e cinco centavos; e um quilo de açúcar Pinheiro, três reais e cinquenta e nove centavos. Quase um quilo e meio de açúcar para compensar um quilo de banana.
Portanto, se alguma coisa for encontrada com preço barato, deve ser comparada a preço de açúcar; e não de banana.