domingo, 9 de novembro de 2025

FOI HÁ 15 DIAS, MAS JÁ DÁ SAUDADE.

 

“Pelo meu caminho vou; vou como quem vai chegar. Quem quiser comigo ir, tem que vir do amor; tem que ter pra dar”

(Geraldo Vandré, Fica mal com Deus).


Foi de certo modo, uma atitude arriscada, porque precipitada; em cima da hora para esse tipo e grandiosidade de evento. E não é que deu certo?

E, há apenas quinze dias do final, a VII Bienal de Itabaiana já traz saudades.

Só saiu pelo empenho do secretário Municipal de Cultura, Antônio Samarone; pelo desprendimento do presidente da Academia Itabaianense de Letras, Vladimir Carvalho, e o óbvio apoio do prefeito, Valmir Costa, garantindo generoso aporte ao evento de apogeu cultural, que transcorre em Itabaiana a cada dois anos, há mais de 15 deles.

E mais uma vez contou com a indiscutível ajuda do Shopping Peixoto, com a cessão do espaço e estrutura básica, qual seu proprietário, Messias Peixoto é também acadêmico, membro da Academia Itabaianense de Letras.

O presidente da Academia Itabaianense de Letras, Vladimir Souza Carvalho e o empresário Marcos Henrique de Lima, ladeando o secretário de Cultura do Município, Antônio Samarone de Santana.

O prefeito municipal, Valmir dos Santos Costa, cuja atividade política foi iniciada no Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Murilo Braga, em 1982, concedendo, em nome do Município genoroso apoio financeiro, que proporcionou, entre outras coisas, esse mundo de estudantes estimulados à literatura.

A “química” entre o coeso e decidido grupo gestor da magnânima festa literária satisfez as expectativas do estado e além fronteiras.

Nada de invencionices: apostou-se no que vem dando certo desde 2011. Obviamente que acrescentando alguma novidade. Sempre assim será.

Apesar das tentativas dos de sempre, pebas e cabaus ficaram somente nas torcidas óbvias: uns pelo fracasso; outros pela glorificação total. Politizam tudo! Inevitável. Ao fim, todos se recolheram às suas insignificâncias de radicalização político-partidária, ao sentir o peso de algo que transcende, em muito, suas mesquinharias: a Bienal tem dono, que é a cultura sergipana.

Escolares chegam em massa na sexta, segundo dia, para se deliciar com os milhares de títulos e gêneros, dispostos pela centena e meia de escritores presentes, mas também pelas editoras e livrarias. Além da vastíssima programação de eventos.

Em busca da fórmula perfeita

Três momentos no histórico da Bienal: a aventura despretensiosa de Robério Santos teve consequencias, no trabalho sério e exitoso de Honorino Jr (1º à esquerda, no quadro abaixo, acompanhado de Jamisson Machada e Carlos Eloy); porém, quando perigou ter solução de continuidade, encontrou em Josevanda (acima, posando com o escritor Ginaldo de Jesus) o vital apoio para que ora se voltasse ao leito, "sob nova direção".

Essa é a segunda edição administrada pela Academia Itabaianense de Letras, as demais foram louváveis e arrojadas atitudes da iniciativa privada, seguindo a provocação do irrequieto agente cultural Robério Santos, depois membro da citada Academia.
Por ser uma atividade tipicamente não rentável, sob o ponto de vista financeiro, somente poderia surgir, como surgiu; continuado e se agigantado, como o foi... e depois sofrer uma baita solução de continuidade, pelo cansaço em malhar em ferro frio, como financeiramente aparenta, esse tipo de evento.
A edição de 2019, a 5ª, chegou ao topo; e à exaustão. O cansaço dos organizadores, “restos a pagar”, a condenaram ali a desparecer.
A pandemia do corona vírus, a partir de março de 1920 reprogramou tudo, e em 2021, obviamente, não houve.
Em 2023, na presidência da Academia, com todas as perspectivas e expectativas em contrário, Josevanda Mendonça Franco logrou intrepidamente fazê-la no primeiro modelo institucional: pela Academia. Direto. Sem um real apoio de uma empresa de produção de eventos, e sem uma equipe própria, da Academia, obviamente.
Foi um esquenta. Um teste. Para o momento, e do modo como foi realizada, às pressas, e usando recursos de adaptação, como o fato de dividir entre dois poderosos espaços, mesmo assim divididos; dispersores. Foi, digamos, atípica; contudo de importância ímpar, qual a “maluquice” de um jovem professor, criando quinze anos atrás, uma Bienal do Livro, numa cidade na qual todos sempre acreditaram, ser de exímios empresários; comerciantes; jamais de intelectuais. Muito menos de alto consumo de leitura; que dirá de escritores.
Josevanda, com sua atitude quase solitária, fez renascer a Bienal do Livro de Itabaiana, que, agora, mesmo mais uma vez preparada às pressas, voltou com força total.
A providencial contratação de produtora de eventos, a SerSergipe Comunicacao Marketing e Servicos Ltda(*), sob o gerenciamento do girento Marcos Henrique de Lima, fechou o círculo, com execução e uma organização invejáveis. Completo.
Agora é se preparar para 2027.
Visita institucional em busca de parcerias. da esq. pra direita: secretário Carvalho Jr., imprescíndivel apoio da Comunicação do Município; Marcos Lima; o diretor da CCTECA, Augusto Cesar Silva Almeida; Samarone e este escriba dessas mal traçadas linhas.

(*) Foi grafado inicialmente como SIC. de fato uma empresa de apoio.