terça-feira, 7 de outubro de 2008

Zeca Mesquita.

Rasgamentos de seda à parte (e como houve!) foi excelente a entrevista hoje pela manhã conduzida pelo radialista Eduardo Abril na Itabaiana FM com o prefeito tetra-eleito Luciano Bispo de Lima. Luciano manteve a linha de político “consciente dos erros passados e voltado para os acertos do futuro”. Se de 1º de janeiro em diante tal atitude se confirmará, isso o tempo nos dirá; a sua trajetória de desenvolvimentista com a qual se notabilizou desde sua entrada na política, de forma meio infantil e às pressas em 1982, contudo, permanece no discurso. A grande chave para entender tal norte foi sua lembrança à uma figura que tantos já quiseram esquecer ou vê-la esquecida, ou sequer tem noção de sua importância, que é a de Jose Mesquita da Silveira, o qual, mesmo sem que tenha sido uma liderança política pesou em muito nas decisões do primeiro governo Zé Leite, outro grande esquecido pelos poderosos de Itabaiana, para que o mesmo alavancasse o desenvolvimento do município a partir das transformações de base aqui implementadas a partir de 1947. Como um pequeno exemplo, o Colégio Estadual Murilo Braga, de 1949. Aliás, em se falando em Zé Leite, asfaltamentos como o da “Rodagem das Candeias”, da Rua Percílio Andrade e Avenida Luiz Magalhães, foram executados no seu segundo governo, entre 1975 e 1978(*). Quer mais? A sanha desenvolvimentista do primeiro governo João Alves (e Valadares) tem a “reima” de Zé Leite e seu cunhado Zeca Mesquita na origem, lá mesmo no longínquo quadriênio 1947/1950. O “Negão” foi cria política de Leite.
A lembrança do prefeito eleito, ao menos alimenta a esperança de que a consciência desenvolvimentista permanece. Que venham, portanto, os fatos.

(*) Nos dois últimos casos a conclusão já se deu no início do governo Augusto Franco.
P.S. Por não ouvir toda a entrevista, acabei por também não ouvir o prefeito eleito anunciar a sua vice, Maria de Lourdes Machado Bispo como futura Secretária de Saúde (aqui). Até pode decepcionar, mas tem know-how pra coisa ela tem. Isso, como funcionário público federal da Saúde há 25 anos eu atesto.