terça-feira, 25 de novembro de 2008

Do partido ou do bando?

Bandos e partidos são dois grupos parecidos. Não iguais. O bando é formando por bandidos, apressados, extremamente interesseiros, pragmáticos, imediatistas e tem como característica o saque, a tomadia, o tomar na tora e cair fora. O partido é formado de partidários, interesseiros, porém não apressados; de certo pragmatismo, porém não apenas imediatista (age também pelo longo prazo), e tem como característica a supressão da parte da verdade que de imediato lhe traga prejuízo, todavia, também a busca de consertar qualquer problema para que o objeto da dita supressão sequer venha ser percebido. Ao contrário do bando, o partido, por seus partidários, costumam ser solidários na bonança e desgraça, no repasto e na fome. Ao perder uma eleição, por exemplo, os partidários, se então no poder, costumam trabalhar quase normalmente até entregar o poder a seu futuro detentor. Ao contrário do bandido que, ao notar que não pode carregar o fruto do saque, o destrói para que ninguém dele possa usufruir.
Tenho visto com preocupação o comportamento de vários setores em algumas prefeituras da região em que os partidos no governo, perderam-no para o próximo mandato.
É um faltar de enfermeiros, técnicos de saúde em geral, carros para prestar assistência aos pagadores de impostos, remédios, material escolar ou pela escola... enfim, comportamento de bandido, não de um partidário de uma Res Publica. Uma clara demonstração que só esteve ali pela vantagem pessoal. Cessada esta, acabou qualquer mínimo interesse. Certas figurinhas ressabiadas pelo fim daquilo que considera um privilégio – e não um serviço prestado – precisam saber que até serem demitidas – se for o caso – permanecem, acima de ser de um “partido”, um funcionário pago com dinheiro do povo. Da minha parte, não hesitarei em orientar qualquer prejudicado a queixar-se ao Ministério Público. É preciso ser republicano. E a República está acima de interesses mesquinhos.
Conheço um ex-político que fez tudo certo ao fim do mandato depois de uma série de erros cometidos em quase todo o dito. Quando já estava praticamente absolvido pelo eleitorado, dois ou três escorregões ao apagar das luzes e nunca mais foi nada. Convém não abusar.