sábado, 29 de novembro de 2008

Leituras erradas.

Na última sexta-feira, em conversa com dois amigos ouvi deles duas opiniões diferentes, porém correlatas. Não apenas por ter epicentro na figura do próximo prefeito, mas porque em ambos os casos, acredito, estejam meus amigos errados em essência.
Num dos casos, o amigo em questão minimizou a liderança de Luciano com alguns adjetivos até deploráveis. Não entendi. O cab’a é eleitor do prefeito e não é nenhum burro. Fiquei com a pulga atrás da orelha: estaria ele me testando? Bem, mas, como é meu amigo argumentei com ele que o prefeito disputou sete eleições e ganhou cinco; sendo que numa delas, a primeira, quase se não pode dizer que concorreu. Logo, de fato, não conta.
No outro caso o amigo em questão nunca votou em Luciano e nas duas últimas eleições municipais foi eleitor de carteirinha da prefeita que sai, Maria Vieira de Mendonça. Sua afirmação é que Luciano tem a cara do povo de Itabaiana. Perfeito, afinal o prefeito foi eleito pela quarta vez prefeito do município, num espaço de vinte anos. Mas o que o meu amigo quis dizer não foi bem isso. O desfilar de personagens populares, porém de forma negativa, junto a Luciano mostrou que a dor de cotovelo do meu amigo o leva a ver o eleitorado como compactuante com “os erros de Luciano” que, segundo ele vão de “não pagar a ninguém” a deixar que uma ratazana infeste o poder público municipal. É típico de pessoas com algum nível acadêmico e alto senso humanístico essa tendência à ditadura do “certo”. O prefeito é indiscutivelmente um político. E em política, todos que se dizem certinhos estão a tentar desviar os olhares para erros alheios aos seus. Ou se é “medieiro”, literalmente “fazedor de média” com o povo ou se é um ditador, ou se nunca chegará ao poder. O diferencial está em não ser apenas medíocre. Ir mais além. “Forçar a barra” no rumo certo. Fazer e ser o diferencial.
Por ser o futuro prefeito um político, quem quiser se igualar ou dele passar terá “que ir aonde o povo está”. Repito aqui, o que já escrevi anteriormente: Maria perdeu porque se esqueceu de “ir aonde o povo está”. Esqueceu até que foi esse seu lado diferencial que apareceu já nas eleições de 1994, e que a colocou como algo "novo" e tonificou, fazendo reflorescer, a política de sua família. O resto são detalhes. Esqueceu ela que uma campanha política somente termina quando se entrega o mandato. O que muda depois da posse é a natureza dela.
Logo, acredito, meus amigos estão errados.