quinta-feira, 26 de março de 2009

Gritaria de condenado.

Políticos, se capazes, devem assumir a sua competência: fazer política. Política é a arte de viver na polis; na civilização; parlamentar; negociar, discutir, harmonizar os contraditórios; logo, em política, se não é devido mentir, o é suprimir e até faltar com a verdade, como forma de defesa ou ataque preventivo. Mas, repito: jamais mentir.
O político é um ser tão essencial à sociedade humana quanto o é o ar que se respira. No universo é assim, o maior – nem sempre em tamanho – atrai o menor que gira ao seu redor. É a Lei de Gravitação Universal, simplificada.
A afirmação atribuída ao ex-governador João Alves Filho(na boca do povo e faxaju), de lançar suspeições sobre a urna eletrônica e as eleições é de uma infelicidade extrema. Jamais o político deve ficar contra o povo, ensina Maquiavel. João aqui está, sem absolutamente nenhuma prova, apenas uma mera denúncia; logo, indo diretamente contra a vontade do povo que aprovou a urna eletrônica. O que lhe sobrará, então, depois destas afirmações infelizes? Escárnio e desconfiança. Desmoralização de um político que tão bem representou - e ainda o faz - ao povo sergipano. O “negão”. “Gente da gente”.
Detesto desperdício. Acho o maior crime que um ser humano pode cometer. Principalmente o de símbolos da sociedade humana que se não existissem, teriam de ser inventados. João – e nenhum outro político do seu quilate – tem o direito de cair, salvo de forma natural, vencido pela retórica poderosa, se o for, de seus adversários. Nunca por precipitações próprias, deixando legiões de deserdados, ao praticar “discurso de perdedor”.
Assim caminha a humanidade.