terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Uauasa

Já que os donos da outrora Energipe resolveram trocar o nome da empresa, eu sugeriria aqui um termo novo; muito mais charmoso do que esse de Energisa, cujo nome tem aplicabilidade duvidosa; vive de contradizer o que quer dizer. E aproveitaria pra fazer uma homenagem a um exemplo acabado de perfeição tecnológica: o uauá. Além de ecologicamente correto, pelo lado poético que o bichinho encerra, acho que seria uma questão também de justiça. Ele também ilumina, porém seu consumo de energia é impressionante menor do que as lâmpadas padronizadas pela “energisa”. E principalmente: ele cumpre contratos. Em determinada época do ano ele deve aparecer, e aparece. Não deixa ninguém na mão. Seu único inconveniente é que vive piscando, mas isso a “energisa” também vive, e com um agravante: o contrato é pra não piscar. Já o poético, romântico uauá, pisca porque deve piscar. Aliás, segundo os biólogos, só o macho pisca; e o faz justamente para atrair a fêmea.
Resumindo: como a energisa - entregue a alguns piratas modernos em troca de uma reeleição - tem contrato pra não piscar e vive piscando, nada mais justo do que se homenagear o uauá, pondo nela o nome do bichinho.
Uauá é o nome no dialeto cariri para pirilampo ou vaga-lume.
...
Em tempo I: de sábado, 26, pra cá, a Uauasa já piscou quatro vezes (duas, só agora pela tarde). Numa das piscadelas, quase se foi meu computador.
Miserere nobis (Tende piedade de nós, em latim).
Em tempo II: ganharam a empresa de nós sergipanos de graça; ganharam meu dinheiro de lá pra cá quase de graça; ganharam com impostos extra que FHC inventou, o tal seguro apagão. Aí, acharam "mais mió bom", e agora querem me empurrar um seguro. Pra levar mais dinheiro ainda. De graça.
Eta herançazinha desgraçada!