quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A velha Câmara Municipal de Itabaiana



Bem, a eleição de José Roberto Oliveira dos Santos - o Imperador - (Último à direita na foto, camisa azul ) hoje para a Presidência da 45ª mais antiga casa legislativa do Brasil, a Câmara Municipal de Itabaiana faz retornar a uma situação já vivida pelo município, ou seja, o tumultuado período de 1971/1972, cuja gestão na Prefeitura foi de José Filadelfo Araújo, e na Câmara Municipal, de Antônio Oliveira, o Boca Rica. E é aqui onde inspira maiores cuidados ao prefeito Valmir dos Santos Costa. Seu mandato está com cara de fim de um período político. A administração Filadelfo Araújo, de fato, foi o fim do udenismo de Euclides Paes Mendonça (morto oito anos antes), e do pessedismo de Manoel Teles (morto quatro anos antes); e o início do chiquismo e do consequente anti-chiquismo que teve seu apogeu ao fim dos anos 70 e início dos 80. Isso não é bom pra Valmir; muito menos pra Itabaiana que corre o sério risco de quatro anos paralisados.
Num momento em que arrefece cada vez mais o crescimento populacional da cidade e, consequentemente aumenta cada vez mais a migração pra outras cidades, especialmente a capital, não é um bom sinal qualquer perturbação no comando político. Pra se ter uma ideia do buraco, em que pese na década passada a população do município ter crescido o dobro do que cresceu na década anterior (13,21% de 2000-2010, contra 6,6% de 1991-2000), os números do Datasus e do IBGE não deixam dúvidas: Itabaiana não está segurando sequer os que aqui nascem a cada ano. A cada dez mil que nascem em uma década, quatro mil vão embora. E isso não se está contabilizando a imigração que ainda teima em existir para a cidade, apesar de em número cada vez menor.
Torçamos então para que nossos políticos tenham juízo.