sábado, 2 de novembro de 2019

VAI ABAIXO O ÚLTIMO SÍMBOLO HISTÓRICO da CIDADE

Depois de séculos essa paisagem vai mudar. Certamente pra pior.
Vão desfigurar a capela do Bairro São Cristóvão.


Parece que baixou o espírito de Shiva na paróquia de Nossa Senhora do Carmo e, a Madre Igreja que deveria proteger a tradição está DESTRUINDO A CAPELA DO SÃO CRISTÓVÃO, transformando-a em mais um mercadão da fé, aos moldes da febre pentecostal.
Não bastaram as trocentas reformas da Matriz de Santo Antônio; inclusive a que lhe destruiu o belíssimo e multissecular teto, por capricho do CONSTRUTOR Monsenhor Soares; agora é a capela – possivelmente das missões carmelitas do século XVIII - que vai abaixo em mais uma febre de padres CONSTRUTORES.
O prédio é da paróquia - e ela "tem o direito" de fazer com ele o que quiser - no caso atual, a de Nossa Senhora do Carmo, cuja matriz está no Conjunto José Luiz Conceição. Como o era o finado templo da primeira igreja evangélica de Itabaiana, a presbiteriana, ou “a igreja de D. Eulina”. Só que o gracioso templo presbiteriano, histórico, vendido a um investidor comum e demolido a seguir (Pra Ministério Público nenhum cair na tentação de lhe sustar a destruição) pelo que encerrava de importância foi inaugurado em 1939; o da capela de São Cristóvão, não. Se perde nos tempos a sua construção, podendo ela estar envolvido num drama da eurocolonização, qual seja o da expulsão dos índios mansos de sua aldeia para uma reserva, desocupando a terra pro colono invasor, através de tentativa de implantação de uma missão carmelita na região entre o Povoado Barro Preto e o citado Bairro São Cristóvão. Tudo isso ainda são evidências históricas; mas, só o fato de uma ermida antiga, a única que nos resta ser destruída para abrigar um espaço maior de necessidade questionável, e possibilidade de ser substituída por um prédio “moderno” em outro local, assim de uma hora pra outra, é um duro golpe em quem sonha com civilidade além de “mercadão” para Itabaiana.
Triste!