segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Off line (sem linha; ou desligado).

Considero-me com autoridade para falar sobre o assunto a seguir por estar atualmente meio desligado dos circuitos formadores e informadores das notícias em Itabaiana.
Ontem, às dezesseis horas houve a abertura dos Primeiros Jogos do Interior aqui no Presidente Médici. Apesar de residir bem pertinho, eu lá não fui. Quando me veio a curiosidade pelo som do serviço de alto-falantes que chegou nitidamente à minha casa, fui à internet e encontrei notas em dois dos portais da cidade. Releases da Secretaria de Estado que cuida do desporto.
Acredito que não houve essas freqüências todas, apesar de estar Itabaiana sem muita atração de lazer que se possa classificá-la como uma cidade. Quase igual aos tempos de Guilhermino Bezerra quando ganhou o status de cidade apenas para promover os dois irmãos professores do dito deputado estadual.
Eu acho que faltou comunicação.
O evento reuniu boa parte dos municípios sergipanos e, por se tratar de algo envolvendo as maiores autoridades do Estado e do Município - além de outros – era esperada uma promoção publicitária bem mais marcante. Que chamasse a atenção deste desatento escriba, inclusive.
Ao contrário dos shows abertos na Praça de Eventos, ao lado, não percebi nenhuma movimentação de pessoas pelas ruas em direção ao Estádio Presidente Médici.
Ora, a publicidade é uma obrigação constitucional e não há crime algum em exercitá-la. O que é crime é usá-la para outras finalidades que não a promoção do interesse público.
Talvez tenha havido excesso de zelo dos responsáveis pela publicidade governamental do Estado, todavia, é preciso que entendam que ao balcão de negócios em que se transformou a informação noticiosa, especialmente nos últimos trinta anos não há alternativa; a não ser dançar conforme a música. Obviamente que mantendo o cuidado de não cair na zona do umbral.
E, pra ser direto, não adianta incensar o caminho com assessores bem relacionados sem, contudo portar um cheque à mão. Em verdade este último item conta enormemente mais que o primeiro. De fato, é o que conta.
Se bem usado o último item acima fará milagres. Fará com que muita gente – até mesmo do tipo que se acha o máximo – “amoleça” o coração e “abraçar a causa”.
Coisa de profissional. Dizem.
Detalhe: não abuse. Recentemente os que governavam assim o fizeram, mas esqueceram do principal, aquém do alcance dos sabujos. A prova é a presença dos que agora governam no governo.