quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sensatez

O deputado federal Eduardo Amorim deu nesta quarta-feira (14/05), em entrevista ao radialista e blogueiro Edivanildo Santana, na Rádio Capital do Agreste, uma resposta irrepreensivelmente sensata, óbvio. Já de algum tempo adversários do ex-prefeito Luciano Bispo vem fazendo uma espécie de terrorismo com o eleitorado lucianista – nada demais dentro da área, mas é terrorismo político sim – de tentar criar a cultura de que o ex-prefeito não será candidato devido a questões pendentes nos tribunais e que impediria a sua candidatura. Olha, a priori, a Lei que deve ser universal, prá todos, diz que ninguém jamais será apenado sem que antes o seja condenado; e jamais será condenado sem que haja julgamento com todos os artifícios legais permitidos até que cessem quaisquer dúvidas. O que o pessoal do terrorismo político – repito, isso é mal de todos os partidos, especialmente da turma da fofoca - tem buscado impor é a antecipação de uma pena antes mesmo que haja a condenação final, naturalmente depois de todos os recursos possíveis. Torcedores fazer isso é até natural. O que não dá é dar tamanho destaque na mídia que, entre outras coisas tem o dever constitucional de ser justa. À pergunta se o dito deputado votaria numa hipotética Lei de condenação por antecipação – trezentos por cento inconstitucional em quinhentos por cento de qualquer civilização humana atual no planeta – o referido foi tácito: isso é um absurdo e não pode, não deve nem vai passar.
Não basta ser a mulher de César; tem que parecer ser a mulher de César, como se dizia no Senado romano. Até o factóide tem que ter um pouco de base, senão desmoraliza quem o produz ou conduz.
Ponto para o deputado Amorim.