quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

“Deprê”

Hoje pela manhã estive por breves minutos na tri-secular Câmara Municipal. Ainda não havia começado a Sessão marcada para as nove, mesmo que lá estivesse eu chegado às dez. Mas não foi isso que me chamou a atenção. É de praxe e já foi pior. O que me chamou a atenção é o clima nervoso que impera na casa. Fim de mandato, mesmo com próximo garantido é momento de tensão. Funcionários comissionados na berlinda, quase perdendo seus postos; vereadores não eleitos desapontados com o clima de fim de feira e, pra completar, essa confusão semeada pelo TSE pautado pela mídia grande, há mais quatro anos e que ninguém ainda engoliu a respeito das vagas. Como resultado, quem ganhou pensando em ganhar cinco pode ficar somente com três. Quem ficou de fora por apenas uns pouco votos, ficas na esperança de reencontrar-se com seu investimento. Tensão e tensão. Tá horrível.
Infelizmente essa percepção de tensão não se resume apenas à Câmara. É como se toda a cidade estivesse sobre um barril de pólvora. Se não vê alegria dos que ganharam, nem mesmo tantas esperanças como seria o esperado. Da parte dos que perderam a coisa é pior. Entre uma falsa esperança de permanência movida a canetada, logo desmentida; e a certeza de que acabou, é tensão e sobre-tensão. Não se percebe resignação, portanto aceitação por parte dos que perderam. Isso é ruim porque não é isso que se espera de um certame entre civilizados.
É o pior Natal de que me lembro por aqui.
Exaudi nos, Domine.