segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Apequenamento

“Não se apequene, Fernando! Não se apequene.” Essa teria sido a mais marcante das últimas frases do ex-ministro Sérgio Mota, o Serjão, em seu leito de morte, ao seu presidente, Fernando Henrique Cardoso. Serjão foi o mentor intelectual e operador do político FHC. Foi quem o lapidou para exercer o poder a qualquer custo, pondo-o no caminho do conservadorismo neocon que o levou à vitória e glória efêmera. Era bom de briga. Muito bom. Quase tudo das maluquices praticadas pelo governo FHC e que deu na quebradeira de 98 teve o dedo de Serjão. Até o meu telefone eu pago mais caro por que foi uma das moedas usadas por Serjão pra conseguir apoio a FHC.
Mas aterissando na terrinha, por que cargas d’água a Prefeitura Municipal de Itabaiana, cidade oficialmente com mais de 85 mil habitantes, com curso público de 2º grau que está completando 40 anos (Murilo Braga), uma das maiores redes de ensino do interior, milhares de estudantes de terceiro grau... por que num lugar desses ainda se convoca um concurso sem amarras legais de privilégios para seus cidadãos? Para os que são aqui domiciliados?
No meu modo de entender, fui educado por meu pai que “o galo onde canta, aí janta”. Tudo bem que em algumas cidades menores haja a necessidade de profissionais de fora em número razoavelmente grande. Mas, em Itabaiana? Não estaria havendo aqui um apequenamento? Fuga de renda, no mínimo?