terça-feira, 3 de novembro de 2009

Recordações.

Por quinze anos, desde seu nascimento, vivi cada momento, crucial ou não, da Câmara, inicialmente Clube, de Dirigentes Lojistas de Itabaiana, a CDL. O barquinho fenício, desde cedo evocou a minha genética lusitana, herdeira fiel daqueles que ousaram lucrar sem tomar à força: os comerciantes da velha Fenícia. Isso é para lembrar que de todos os quinze anos, somente em dois deles não foi feita a campanha promocional de Natal e, mais ainda, todas elas foram feitas com extrema confiança de que seriam bem-sucedidas. Todavia, é preciso lembrar que em alguns anos foi duro, muito duro remover a crosta de ceticismo e desânimo nos próprios comerciantes associados e bancadores da campanha. Especialmente naqueles anos em que o maior empregador de Itabaiana atrasou salários ou aumento deles.
Venho ouvindo-as já de algum tempo; mas as reclamações que ouvi hoje me chamaram mais a atenção. Não se trata de atrasos como ocorreu no passado; mas de coisa parecida, tão dolorida quanto: redução de salário. Por mais maracujá (marajá é o que ganha muito) que seja, o cidadão-eleitor-funcionario tem compromissos e agenda. E essa agenda, somente por força maior como um acidente natural ou comoção social pode ser alterada abruptamente. Cabe, pois, aos de ciência, supostamente os mandatários, prover para que o sistema seja o mais linear possível.
Há danos que são irreparáveis. Por mais compensações que venham a seguir.