quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vidros pretos.

Esta campanha política aqui em Itabaiana repete os mesmos padrões da passada de natureza igual, qual seja a de 2004. Vem ela recheada de sentimentos de usura e de medição de força bruta desde bem antes de iniciado o pleito. Mudou apenas a configuração do poder em voga na Prefeitura. Todos concordam, mesmo que não o admita: é o dinheiro quem vai ganhar a eleição. Nessa situação, a falta ou simplesmente a ausência de propostas factíveis é de uma aparência impressionante. Desavergonhada.
Jargões de força bruta usados na passada são exibidos com toda a força numa demonstração de que, quem perdeu há quatro anos não errou; quem errou foi o povo. E quem ganhou tem mais é que continuar do jeito que está. Como diriam os conformados porque interesseiros: “por aqui é assim mesmo”.
Estas mal traçadas linhas aqui é para tocar num desses aspectos a me chamar a atenção: numa pequena saidinha hoje, 21, à tardinha pelas ruas centrais dei de cara com nada menos de seis carros plotados – logo, supostamente a serviço das respectivas campanhas políticas – com seus ocupantes em plena tarde fria serrana de agosto com vidros levantados e pior, todos com essa breguíssima película preta que torna o carro com aspecto de carro de marginal. Gente que precisa se esconder.
Cá pra nós é uma excelente comunicação com o eleitor.
Miserere nobis, Domine!(*)
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(*)Que Virgilius perdoe-me tal construção.