quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Absurdo ditatorial resolvido.

Num lampejo ditatorial típico dos que sugam o poder através de manobras o STF do atual “augustulus” Gilmar Mendes – antes dele, obviamente – surripiou movido por intensa campanha da mídia grande os mandatos de milhares de vereadores pelo país inteiro. Na cabeça desse pessoal o mundo é deles, cheios de títulos, muitas vezes de origem duvidosa; e não de representantes do povo, bem ou mal, escolhidos por este. Num lampejo de redenção (já que há anos o Senado Federal anda pautado pela mídia grande), a casa legislativa brasileira aprovou ontem a PEC-20/2008 que recoloca a política como forma de resolver as questões políticas. E não pelas canetadas de quem se julga donos do mundo.

Mentiram.
No afã de defenderem suas posições de arrogantes ditadores disfarçados, e com isso angariar a simpatia dos incautos (ou invejosos) a mídia grande – Globo, Veja, Folha e Estadão à frente – defendeu que haveria corte de despesas na época do “decreto ditatorial” do STF da mesma forma que agora ameaça com o “fogo do inferno” do aumento nos “gastos públicos” com a correção do absurdo praticado. Tudo mentira. Nada do que está na Constituição acerca dos repasses às Câmaras municipais – de onde advêm os salários dos vereadores – foi modificado antes e agora. Mentira. Mentirosos. O ruim mesmo fica pra quem, como candidato a vereador torrou rios de dinheiro pensando em receber cinco, dez mil reais; e agora terá que dividir com mais gente. No caso de Itabaiana, com mais sete. No mais não muda nada. Toda aquela patacoada patrocinada ontem por Aloisio Mercadante é somente para atender à sua “magnânima”, “augusta”, onipotente mídia grande de quem o senador petista por São Paulo acha ser porta-voz (quando precisam de um vira-latas vão a Demóstenes).

Vivas à Democracia.
O povo tem todo o direito de errar. Direito de votar em Sukita, Trovoada, Chana, Peru, Pavão, Macaco, o diabo... o raio que o parta. Mas burocrata cheio de manhas e esquemas é que não tem o menor direito de mandar em mim sem o meu consentimento.
A Câmara Municipal bem como as assembléias e o Congresso Nacional é a cara do povo. Do povo brasileiro que está a anos-luz em vergonha, bondade e moral de malandros da elite, a pior elite do mundo. É só lembrar a diferença que fez no Brasil a universalização do voto ocorrido a partir da Revolução de 30. Bastou sair do restrito controle das mãos dos "eleitos", dos "divinos por natureza" e o país começou a andar.