sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

A impressora.

Era 31 de dezembro, uma quarta-feira, e cá estava eu com um problemão danado: minha impressora havia apresentado um piri-paf e o revendedor que me repassara a mesma estava com a incumbência de substituí-la. Mas era quarta-feira, último dia do ano, ponto facultativo nas repartições e nada dele que desde a sexta-feira que me “enrolava”. De repente, por volta das nove e meia chega ele à minha casa com duas mil desculpas pelo atraso. Instalou a nova impressora e, à minha insistência em conversar foi logo se despedindo se desculpando com a pressa sob a alegação: “fulano (o prefeito que assumiria) me intimou a desaparecer da cidade porque cicrano (o que saía) tá doido pra me trancar na Prefeitura até que lhe entregue os controles das contas nos bancos”.
Se o cicrano que saiu teve acesso às ditas contas, não o sei. O que sei é que seu conceito, que havia melhorado em muito depois de não ter se intrometido na campanha foi à lona quando saiu e só não o foi pior porque alguns maus elementos ligados a nova administração fizeram uma canalhice, quase nivelando as coisas. Até onde me consta foram punidos, mas os maus exemplos, de uns e outros ficaram.
Quão difícil é ser nobre. Mas eu continuo acreditando que a nobreza eleva o conceito. Eis as diferenças entre os que deixam de ganhar e os que perdem.