quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Correndo risco.

O vereador Arivaldo de Rezende, o Vardo da Loteca, em nossa modesta opinião está deitando falação sobre um assunto que ninguém mais do que ele conhece, mas, que manda o bom senso, é melhor manter a “omertá”, o código implícito de silêncio mantido pela irmandade criminosa da Sicília(mais aqui). Todo mundo sabe que existe jogo do bicho e muitos, mas muitos mesmo nele jogam. É uma cultura. Porém sua existência marginal serve exatamente aos propósitos da corrupção política e policial. A política tem ali o manancial de dinheiro “não contabilizado”, pronto para uso em tudo quanto é trapicola; e os setores supostamente de segurança e da Justiça, como caixa dois, para manter em vida de marajás a simples funcionários de Estado, às vezes já bem pago por seus cargos. É o vício das propinas da era feudal do Brasil colonial. Quanto mais miserável o lugar mais comum é a resistência dessa prática. Mas Vardo é um vereador; uma autoridade. Se apertar muito vai acabar tendo que provar o que diz, o que jamais poderá, mesmo que provas materiais as tenha. Também o vereador está a misturar interesses público com privados na sua “cruzada santa” pessoal contra o sub-tenente Melo. Não vai dar certo. Mesmo que venha a haver qualquer modificação na SMTT, quem mais acabará perdendo é Vardo. No mínimo vai ter que aumentar a “verba de representação”.
A menos que o vereador queira ser um mártir tal qual Lampião e outros menos famosos, é melhor acabar com essa retórica, porque, se isso fosse para “ter jeito” já teriam no mínimo legalizado o jogo do bicho. Se não legalizaram é porque o mesmo continuará servindo para gente da segurança e da Justiça fazerem seus investimentos. "Apês" de altos preços, carrões hollywoodianos, chácaras paradisíacas... ou/e manterem duas ou três mulheres extras com pensões que não mais acabam. Ou ainda políticos em geral terem um caixa dois perfeito pra pegar dinheiro e torrar na compra de votos.
Não é pra resolver. Vardo “está a atrapalhar os negócios”. Vai acabar perdendo o mandato, porque está misturando as coisas.