quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Rio São Francisco - Dinossauros: soltos ou presos?


Essa pedenga sobre vazão do São Francisco, de tanta futilidade e manipulação de otário que existe sob e sobre o tema, parece até uma enquete que houve na TV há anos atrás, salvo engano no programa do Faustão. O apresentador perguntava sobre se os dinossauros deveriam ser criados soltos ou presos. Ganhou de goleada a opção de criar os dinossauros soltos.
O pior é que João Alves Filho na sua “cruzada santa” em defesa do velho Chico conseguiu fazer-se importante nesse tema, trazendo prejuízos eleitorais ao PT e a Lula, especialmente. E pior ainda é que tem gente séria que consegue acreditar em revitalização do rio (sequer sabe das condições anteriores para comparar), achando que é possível isso e manter a oferta de energia que o velho Parapitinga, ou rio do sumidouro, ou dos currais, nos oferece. Como o ex-governador adora.
Nunca o governo brasileiro vai resolver o problema de retorno das cheias sazonais rio abaixo, depois de Sobradinho; logo, o discurso fluminense de João sempre será fulminante e atual.
E, na inevitabilidade, até Deda já compra o assunto.

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A gravura acima mostra o que era o rio de São Francisco em 1645. Basta ver o exército de Maurício de Nassau, governador holandês em Pernambuco, invadindo Sergipe atravessando o rio a pés. Para ver a gravura em tamanho maior clique aqui: Biblioteca Nacional de Portugal.
Pos-edição: ao contrário do que foi explicado acima, Frans Post representa nesta gravura, não os soldados holandeses a atravessam o rio, mas a fuga por este de Henrique Dias e demais componentes do destroçado exército de Mathias de Albuquerque, depois de deixarem Porto Calvo, em fuga por terra para a Bahia, em 1637.