terça-feira, 23 de março de 2010

Medo fundamentado

As reclamações registradas nesta segunda-feira por Francis de Andrade em seu programa na Rádio Itabaiana FM - e repercutidas por Edivanildo Santana, aqui - feitas pelos vereadores Valmir de Francisquinho e José Teles, o Zé de Toínho, tem procedência pela parte deles. Ambos vivem uma briga de gato e rato desde que Valmir foi candidato a vice-prefeito e se projetou nas hostes chiquistas. O motivo é a sucessão. Tudo na vida tem sua sucessão e, possivelmente a próxima eleição de Maria Mendonça à Assembléia – acredito que ela se eleja – será, no máximo a penúltima participação do nucleo familiar de Chico de Miguel na política. Ou seja, mais dia menos dia, haverá um cargo de líder à disposição com um considerável espólio eleitoral para tomar de conta. Isso não virá de graça, óbvio; mas o que melhor oferecer garantias à família e ao núcleo do grupo, esse ficará com o prêmio.
Suspeito – suspeita minha, não levem a sério, pois - que isso esteve na agenda do pessoal de Chico já a partir de 2003, quando houve uma aproximação muito grande com o hoje deputado federal Eduardo Amorim. Ocorre que Eduardo não tem luz própria, todos sabem disso. O acerto envolveria Luciano Bispo e daí um candidato de consenso à Prefeitura que resolveria o problema de todo mundo. As dívidas de Luciano e o problema sucessório dos Teles de Mendonça. Luciano foi pra briga e perdeu. Chico sentiu o prazer de antes de partir ver o poder municipal voltar pra dentro de casa. E Maria amargou o fato de estar vidraça no meio de uma pedreira sem fim, administrando um município de alto teor de vícios eleitorais, mas com a terceira pior renda relativa no Estado. Quanto aos Amorim, esqueçam deles querendo um cofre furado.